Patagon M&A - Saúde - Mater Dei prevê novas aquisições e retomada da margem com volta de cirurgias
- Patagon Partners
- 12 de nov. de 2021
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A rede hospitalar Mater Dei deve anunciar ainda neste ano uma nova aquisição. Atualmente, o grupo tem três ativos em negociação, segundo Fábio Mascarenhas Silva, diretor financeiro do grupo.
"Fizemos emissão de debêntures, recentemente, estamos capitalizados. Ano que vem é ano de eleição, mais complicado", disse o executivo explicando que entre esses ativos não há interesse em empresas de medicina diagnóstica.
A Mater Dei fez o anúncio de duas aquisições após sua abertura de capital. Comprou o controle do Hospital Porto Dias, do Pará, por R$ 800 milhões, e da empresa de tecnologia A# Data que será usada para criação de novos modelos de remuneração com operadoras de planos de saúde e gestão de vidas de convênios médicos.
Além disso, o Mater Dei já está conseguindo neste quarto trimestre substituir a queda de internações de pacientes covid-19, que registrou forte recuo nos últimos meses, por procedimentos cirúrgicos.
"Em setembro, os avisos para realização de cirurgias foram 17% maiores do que no mesmo período de 2019, antes da pandemia, e 28% acima de setembro de 2020", disse Henrique Salvador, presidente do grupo, em teleconferência com analistas e investidores.
No terceiro semestre, o grupo sofreu com esse descasamento, uma vez que a queda de casos de covid foi rápida e não houve tempo hábil para essa substituição. Entre o segundo e terceiros trimestres deste ano, o grupo registrou uma redução de 26,9 pontos percentuais na taxa de internação de pacientes covid-19. Já o volume de pacientes internados cresceu 19,2% em comparação com um ano antes.
Ainda segundo Salvador, está ocorrendo uma forte retomada em atendimentos pediátricos de pronto socorro com o retorno das aulas em escolas, o que também influenciará positivamente no quarto trimestre.
Segundo Silva, a companhia vai voltar aos patamares históricos de margem na casa dos 30% no fechamento deste ano. No terceiro trimestre, esse indicador ficou na casa dos 28,8%.
Entre os motivos dessa retomada de margem estão o aumento no tíquete médio das internação, que cresceu 12%, entre o segundo e terceiro trimestre; redução de gastos com materiais e medicamentos usados para tratamento de pacientes covid-19, que registraram forte alta durante à pandemia por conta da escasssez desses itens no mercado na época, e devido à redução de pessoal que havia sido contratada no período de alta da pandemia.
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