Patagon M&A - Saúde - Saúde intensifica busca de recursos no mercado de capitais
- Valor Econômico - Roseli Loturco
- 28 de set. de 2019
- 2 min de leitura

O setor de saúde movimentou o equivalente a quase R$ 11,7 bilhões este ano, até agosto, por meio de emissões primárias e secundárias de ações, de dívidas, de notas promissórias (NP) e de Certificado de Recebíveis Imobiliário (CRI). Desse total, R$ 1,4 bilhão diz respeito a redes de farmácias e laboratórios de medicamentos, segundo levantamento da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima).
Se somado aos R$ 21 bilhões que a saúde levantou em 2018 com IPOs (oferta inicial de ações, na sigla em inglês), follow-on (emissão secundária) e debêntures, o setor segue no topo das companhias que enxergam nesses instrumentos um dos mais interessantes para se capitalizar. Isso porque com a taxa de juro básica, a Selic, a 5,5% ao ano, esses papéis tornam-se mais atraentes tanto para as empresas que pagam menos do que se tomassem empréstimo bancário quanto para os investidores, que veem aí uma possibilidade de rentabilizar melhor seus recursos para além do CDI.
Os bancos que estruturam e coordenam tais operações acreditam em onda forte de novas emissões ainda este ano. No pipeline (que indica o termômetro do que está por vir) estão empresas que se preparam para acessar o mercado. A maioria para nova emissão de dívida em condições melhores (prazos maiores e prêmios menores), mas algumas pela primeira vez, em ofertas iniciais de ações ou mesmo em CRIs e debêntures.
Este ano, no mercado doméstico de capitais, 20% de todas as emissões da saúde foram por meio de IPO e follow on e cerca de 50% em debêntures. Dos quase R$ 12 bilhões captados em 18 operações, o BB participou em 28% em quantidade e 31% em volume, garante Fernanda Arraes, executiva da diretoria de mercado de capitais do Banco do Brasil.
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